Processo

O trabalho da Futurista foi, num primeiro momento, o de identificar mercados com potencial para inovação. Fizémo-lo através de uma análise exaustiva das capacidades do grupo, e através de uma identificação preliminar dos mercados com maior potencial em termos de diferenciação, relevância e criação de valor. 

Também organizámos workshops criativos para explorar o potencial de entrar em diferentes mercados; e workshops estratégicos sobre o potencial de cada conceito, inclusive, o do supermercado. No final da primeira ronda de debates, decidimos eliminar o conceito do supermercado, já que escalá-lo poderia ferir suscetibilidades dos principais clientes — as grandes superfícies — num mercado consolidado com o poder concentrado na mão de poucos.

Na altura também decidimos explorar dois conceitos na fase de imaginação. A pesquisa etnográfica e os workshops co-criativos que misturaram artistas, designers, consumidores e a gestão de topo da Lusiaves, forneceram-nos alguns insights inesperados sobre potenciais utilizadores de um mercado tradicional português cuja estagnação é evidente há muitos anos e que nunca foi reinventado: o das churrasqueiras de bairro.

Solução

Inspirado nas guerras de família pelas pernas do frango, o conceito permite comprar frangos  às partes, podendo compor o frango de acordo com os gostos de cada membro da família.  O conceito baseou-se numa capacidade interna que nenhum outro concorrente pode replicar.

O conceito do produto também foi inspirado no insight de que o frango assado é sempre igual e que a probabilidade de repetir é escassa. Explorámos a adição de ervas aromáticas ao carvão da grelha para fumar o frango com diversos sabores.

Após definirmos o conceito testámos e aperfeiçoámos a solução detalhada. Definimos as características detalhadas do produto, a marca e a arquitectura de marca.

Também definimos a experiência. A partir da média do mercado das churrasqueiras de bairro, redefinimos a experiência de compra e de utilização, através da definição de elementos diferenciadores marcadores da experiência para cada formato de ponto de venda: do flagship ao tamanho mínimo. Definimos também os processos de interação do utilizador com a marca e os pontos de contacto. Desenvolvemos depois moodboards de semiótica para inspirar o design final da identidade nos diversos pontos de contacto da marca.